terça-feira, 13 de outubro de 2009

CAPOEIRA QUEM TE MATOU????



Todo mundo quer ser bom...

"Capoeira, quem te matou?
"Foi a língua, meu senhor!"


Quem diria que correríamos o risco de um processo por darmos a opinião sobre famoso Grupo, só porque o ex-sócio, agora milionário sem sala, se acha o único portavoz autorizado do mesmo. Correndo riscos, contarei o que vi nas 20 ou 30 horas -- divididas em 10 ou 15 vezes -- em que estive sentado naquele banco, na entrada da mesma.
Minha memória já não é mais a mesma, mesmo assim colocarei os personagens pela ordem lembrada:
Peixinho, Uberabinha (depois "Feijão"), os 2 Mudinhos, Canhão, Toni, Garrincha, Baiano Azul (?!), Camisa, Leopoldina, Itamar, Sorriso e Cláudio Moreno.
Baiano Azul era mulato, 1,75m e possivelmente seria o Ramos, hoje.

Itamar e Cláudio Moreno conheci provavelmente na mesma tarde em que o meu professor Lua (Lua Rasta) foi intimado a escolher entre o abadá oficial do Grupo -- branco, diga-se de passagem -- ou aquele que estava usando, no estilo indiano. Isso porque minhas outras visitas foram à noite, com excessão de um Batizado, onde conheci o Sorriso. Depois desta tarde nunca mais voltei lá, mas não posso dizer o mesmo do Lua, pois era o encourador de atabaques oficial da Capoeira, pelo menos na Zona Sul.


Estes outros conheci fora de lá:
Nestor Capoeira, Gato Velho, Baiano Anzol, Muzenza, Preguiça e muitos outros que possivelmente conheci nas filmagens que fizemos da Roda das Crianças, no Cosme Velho, nos anos de 1977/78 e 79. Quanto ao abadá listrado, nunca vi ninguém usando.

                                         Nestor Capoeira e Leiteiro no Filme cordão de Ouro!

Pouco tempo depois Lua foi para a Europa e não foi uma viagem fácil, pois a pessoa que mandou o dinheiro um mês antes da ida, fez a reserva do avião no nome do Lua, mas o Banco (agência Botafogo) sacaneou segurando o dinheiro (para fazer render no Open) e só o liberando 3 dias antes do embarque, não sem antes fazer a troca dos dólares pelo câmbio oficial e ainda reter os impostos, diminuindo bastante a quantia enviada.
Por razões que desconheço, antes de viajar Lua resolveu treinar na CEU, Casa do Estudante Universitário, no bairro do Flamengo. Ai, já no primeiro ensaio, apareceu um negro americano de nome Jimmy, que estava dando os primeiros passos na Arte. Nos 3 dias que lá treinamos descobri que o Camisa estava dando aulas lá e, assim que o Lua foi embora, entrei no Grupo. Estranhamente, o Camisa deixou-me 2 semanas (6 aulas) gingando num canto, enquanto os outros alunos treinavam sequências, daí...


A Ginga
"Ginga caboclo, que eu quero ver, ginga caboclo...

A análise abaixo corresponde aos anos entre 1976 e 1980 e se refere exclusivamente à ginga. Históricamente falando, a ginga teria 2 estilos:
Angola e Regional, mas Lamartine Pereira da Costa no seu livro 'Capoeira Angola" (Edições de Ouro/Ediouro) traz o croquis de uma ginga estranhíssima, possivelmente a ginga dobrada, muito bem executada na época por Baiano Anzol.

A ginga é dividida em:
Forma como é feita, Abertura, Velocidade, Postura e Cadência.
Deixando de lado a origem da ginga de um Grupo:
É possivel preservá-la sem prejudicar a individualidade que tanto enriquece a Capoeira?
Na lógica de que o nome maior do citado Grupo é o parâmetro da Ginga do grupo colocarei os nomes e as notas, lembrando aos leitores que o Camisa ainda não tinha criado o Abadá, portanto...
Peixinho: Ginga nota 10 --
Toni: ginga 9,5 --
Garrincha: 9, pois parece ter uma mola debaixo dos pés --
Sorriso: 8,5. (Vi-o somente batizando um aluno, o que prejudicou minha análise) --
Uberabinha (Feijão), Baiano Azul, Nestor Capoeira, os 2 Mudinhos e Gato Velho: ginga 8 --
Camisa: ginga 7, pois tem abertura e velocidade bem maiores e a postura das mãos me parece um pouco diferente! --
Preguiça: ginga 5, embora a abertura fosse a mesma, não tinha cadência original --
Baiano Anzol e Lua Rasta: ginga 3 -- e, por fim,  
Itamar... que eu nunca vi jogar!



Estranho um Corda Vermelha que não joga, me faz lembrar esta ótima letra de Mestre Fanho:
Joga Moleque
(Fanho?)

Eu nunca vi voçe jogar
joga moleque que se não vai apanhar
(refrão)

tem um moleque la pra riba aonde eu nasci
fala pra mim que pula mais que saci
fala também que é forte com um touro
que a capoeira joga mais do que besouro


um belo dia eu me aborreci
falei pra ele, saci não esta aqui
touro nem sempre se da bem na tourada
besouro preto não viu a emboscada


eu te falei moleque toma cuidado
porque um dia voçe vai se dar mal
hoje voçe diz pra mim que é o tal
mas araruta tem seu dia de mingau

Desconheço A Origem da Ginga no "estilo Senzala" mas, curiosamente, o Lua Rasta me ensinava aquecendo apenas com os movimentos (de golpes) da Capoeira e como êle Não ensinava as sequências de Mestre Bimba, talvez já ensinasse (em 1975?!) A Capoeira mais Carioca da zona sul na época.

                                   foto cortesia Anja Wiken

Dinheiro é só um pedaço de papel !
Eh, Senzala, Eh minha linda Senzala...

Andamos 4.000 km e viemos parar num Estado que já tinha/tem uma Senzala quase tão antiga quanto a famosa. Paramos numa cidade que por coincidência, tem um representante da famosa pertinho de minha casa. Fui lá lhe vender uma revista com entrevista do Gato Velho e com poster do mesmo por 3 reais. Achou caro e baixei para 2 reais sem o poster, mas não adiantou.



Em cima a esquerda, capa da Revista de Artes Marciais que falava do 1º Campeonato Brasileiro de Capoeira em 1977 (?) vendo-se possivelmente Baiano Anzol de Frente!
Foto cortesia de Carlos Rauda!

Depois de vários anos tentando vender nosso acervo sem encontrar interessado, o vendemos como papel usado a 0,08 centavos o kilo, mas separamos e enviamos para a Travessa Angrense a revista Artes Marciais (de agosto/setembro 1977, salvo engano) com reportagem sobre o 1º Campeonato Brasileiro de Capoeira, no Rio, cuja frase inicial era:
"E nesse dia os deuses da Capoeira a abandonaram!"
Na capa da revista possivelmente Baiano Anzol.
Torço para que o Correio tenha entregue e que alguém de lá coloque na íntegra a reportagem em blogs/sites de Capoeira, ao menos para se comprovar o uniforme/abadá usado na época. Afinal, nestes 30 e poucos anos que labutamos na Capoeira, -- eu, Leiteiro e meu irmão "Nato" Azevedo -- não andamos com mentirinha para não acabar mentirosos. Mas, voltando ao campeonato, quando o capoeirista Muzenza chegou no Rio de Janeiro, veio com uma bruta fama. Aí 'pintou" um campeonato (provavelmente este, citado acima) e fui vê-lo. Muzenza ganhou fácil e com técnica do primeiro adversário. Aí veio o segundo, que mal gingava, ficando na posição "montado a cavalo". Muzenza deu-lhe uma banda na perna da frente, êle caiu "de quatro"... Muzenza sentou-lhe um chute no pescoço e por isso foi desclassificado.
Depois deste lance lamentável fui embora.

                                                  Irmãos Azevedo no Pandeiro e Berimbau!!!

Gastamos o que tínhamos e o que não tínhamos para conhecer e divulgar a nossa Arte dentro e fora do Brasil., nos anos 90. Não compramos uma boa TV, nem computador, videocassette, gravador, celular ou CD com o dinheiro ganho na venda de jornais e produtos usados. Fomos burros, mas com muito orgulho digo que fizemos a nossa parte na expansão da Capoeira país a fora.
Veja, "Rabiola", a coincidência:
Lua Rasta em sua casa em Santa Teresa tinha como único eletrodoméstico um radiogravador. Nunca vi o Lua de roupa ou sandália nova, gastava tudo com passagens e alimentação (com o grupo) nos vários shows diários que fazíamos.
Pagou inclusive minha passagem para São Paulo e a alimentação, quando fomos para um megashow -- com os maiores nomes da MPB da época -- no Ginásio Ibirapuera (em 1981?!) em prol do Teatro Oficina, para salvá-lo.


São Tomé da Capoeira
"Sei que tu falou de mim, sei que de mim tu falou!"

O hoje maioral da Arte não perde oportunidade de se promover, mesmo que seja colocando o dedo na ferida de um mestre de conceito no Brasil inteiro. Renomado Nome de nossa bela Arte me contou como o "santo" chegou ao mais alto degrau da fama. Já era a 2ª ou 3ª reunião para a criação da Entidade soberana ou se fazia naquela reunião ou não se faria mais! Com sorte de principiante, Souza 1º era o mais documentado e na base do "não tem tu, vai tu mesmo"! êle foi eleito. Tempos depois êle veio inaugurar a Federação local, pedi a um colega que analisasse/visse se o "santo" jogava alguma coisa.
-- "Que tal o jogo do "santo"?, perguntei curioso.
-- "Não vale uma "unha"!, respondeu-me.
("Unha" é um bolinho salgado de R$ 0,50 centavos.)

Passaram-se alguns anos e Souza 2º virou presidente da tal Federação e na mesma época, o representante aqui do grupo Cordão de Ouro de SP, conseguiu patrocínio para trazer o Mestre (do grupo) lá de SP, mas para isso teria que providenciar "uma liberação" por parte da Federação local -- exigência do patrocinador -- na qual êle ainda não tinha se filiado. A Federação, através de seu presidente Souza 2º negou o apoio.
Que estranho... Souza 2º escreveu um texto muito bonito questionando minha opinião/posição sobre não chamar meu professor Lua Rasta de mestre! Mas será que o mestre do grupo Cordão de Ouro não é, na História da Capoeira, pelo menos 10% maior (na minha opinião é) que o Lua Rasta?
Esta frase disse eu a Souza 2º muitos anos atrás:
Na Capoeira não existe não pode, só não deve"!
Moral da história:
Dada a quantidade de "santos" que temos na Capoeira, na minha opinião cada corda vem com uma boa dose de hipocrisia.

Pinóquio e a Corda Vermelha
Das várias horas que fiquei no banco da famosa, a maioria foi nas aulas do Mestre Toni, a ponto de êle me fazer uma homenagem, talvez pelo fato de eu andar dia e noite com um berimbau, divulgando as academias aos interessados.
Na mini roda na praia de Ipanema, no posto 9, enquanto o Lua esteve nela recebemos a visita do Camisa, Nagô e Célio. Depois que o Lua viajou (para a Alemanha) eu e Bebeto Monsueto continuamos e, no meu atabaque, tocaram Robertinho Silva, Bolão e Repolho, percussionistas famosos na época. Toni Vargas foi muito simpático na sua visita (à nossa roda), colaborando com a brincadeira. Já Baiano Anzol passou de passagem e disse:
"Capoeira de bunda-mole"!
Tempos depois Baiano Anzol fez um Campeonato Universitário de Capoeira. Fui ver e as duas primeiras duplas eram fracas, tecnicamente falando. Aí veio a 3ª dupla e um dos oponentes se chamava "Aranha"(?), moreno de 1,80m, por aí.
Dado o sinal, esse "Aranha" partiu gritando para cima do adversário, num "movimento" que eu definiria como "A Pantera Cor de Rosa ligeiramente doida"!
Olhei para os rostos de Mestre Camisa e Mestre Peixinho e não vi reação.
Saí triste mas de alma lavada e com uma frase na cabeça:
"Capoeira de bunda-dura"!

Exatamente nessa época o aluno Pinóquio me impressionou pela timidez e simplicidade excessiva, que parecia prejudicar seu aprendizado. Em 1994 voltei ao Rio e marquei encontro com um capoeirista no Metrô de Botafogo. Ao chegar lá, a primeira surpresa: Um grupo de mulheres jogando Capoeira!
Encontrei meu amigo e, a segunda surpresa, êle vinha com o tal Pinóquio que se não me falha a memória, usava a camisa do Grupo.  
Estava eu diante do aluno que mais amava a Senzala!
Seu rosto nos remete ao amado jogador Tostão (da Seleção Canarinho), sendo dificil acreditar que fosse capaz de mentir, para justificar tal apelido.
Soube por essa época que um tal "Farpa" (que aliás me "batizou") estava usando corda vermelha e por isso recebera a visita de uma comissão de defesa (?!) da citada graduação. Se conseguiram tirá-la do sujeito, deveriam ter dado para o Pinóquio.
"Pinóquio, em 1994 você não tinha nome mas tinha Passado no Grupo! 
"Já o Milionário... "!



Um mero fazedor de Atabaques

"Por favor, não maltrate esse negro,
que esse Negro foi meu professor..."

Eu já era aluno quando comprei um atabaque do Lua e como o Lua era o mais requisitado encourador de atabaques da Zona Sul, tive a oportunidade de andar várias horas com o Camisa para comprar couro em Santa Cruz. Tempos depois Lua descobriu uma fábrica de atabaques na Pavuna ou Brás de Pina e lá fui eu (com êle) novamente.
Foi uma aula emocionante, impressionante, completa. Vi nascer uma atabaque desde a madeira crua, passando pelo encurvamento e fogo, até o chapeamento final. A fabricação, para todo o Brasil, era feita por 2 jovens negros humildes e simpáticos.

Foi com o Lua que conheci Darcy do Jongo da Serrinha e descobri que quem trabalha com folclore não ensina, Repassa!


 Coisas do Destino:
Lua só foi para o exterior para gravar/deixar sua participação no disco "Favela". 
 Voltou ao Brasil, criou seu Atelier aonde fabrica seus instrumentos e a roda de rua na qual o filmaram virou um Documentário, premiado neste ano.

Para um aluno desafiador que lhe cantou:
"sei que tu falou de mim, sei que de mim tu falou", a resposta imediata foi:


Me trate com mais respeito
cumpra a sua obrigação
eu não sou um fofoqueiro
eu sou é seu irmão 
a barra está pesada
está dificil a situação
mas o jogo de Angola 
é jogo de libertação.
Quilombola vai mostrar o que é igualdade
os negros vão moldar esse Brasil!" 
(OBS.: gravada em fita em 1976/77, no barraco onde eu morava.)

Entre o milionário invisível e o pobretão RECONHECIDO, fico com o autor dessa música:
"Dizem que o "capoeira" é aquele neguinho sujo..."


                                      Se falar do meu Grupo vai comer capim pela raiz!

Perto de mim tem um vizinho
Entre 1976 e 1983 estive duas ou mais vezes nos seguintes lugares, vendo ou participando de rodas:
grupo Senzala (na Trav. Angrense), Camisa no CEU/Flamengo e no Clube Guanabara, na Quinta da Boa Vista, na Feira de S. Cristovão, Posto 9 em Ipanema, rodas na Rodoviária de Nova Iguaçu, Pantera na Tijuca, rodas na Caixa D'Água do Cosme Velho e na Cinelândia, mestre Gilberto na Barra, Poeira em Padre Miguel, Farpa na Lagoa, Índio no Clube do Flamengo, Sandrinha no Pavãozinho, Pai de Santo em Jacarépaguá, Eugênio na Tabajaras, etc...
A todos estes eu pergunto, cantando:
"Você viu o "cabeção" por aí?!

Vestiu uma calça listrada e saiu por aí
jantou chá com torradas e almoçou Paraty
nunca pisou numa Roda mas posa de valentão
e não ri quando o povo diz: 
Sossega Leão, Sossega Leão!


EM TEMPO:
Nem tudo são flores "Cabeção", mas embora sendo apenas uma "sombra" nesse Grupo, ainda estás bem na foto. Pior é esse "Super-Homem" que preside Entidade de gabarito com um "jôgo" de aluno 1ª corda.
A CAPOEIRA MERECE ISSO?!

"Quem quiser me derrubar
vai ter que ter paciência,
pois posso não ter a raiz
mas de lá tenho a essência"!
LEITEIRO


Cabeção está "cagando goma" de ter 9 alunos e 2 mil e poucos sub-alunos(?) pelo mundo afora! Eu só o vi uma vez e treinando martelo de Karatê (*) numa táboa segurada por um jovem de uns 15 anos. Dedico esta interessante história a esta múmia ambulante da Capoeira Carioca!
(*) Martelo de Capoeira é dado com o peito do pé e do Karatê com o almofadéolo do pé!


NA MISSA DAS SEIS HORAS DO DOMINGO PASSADO, NA IGREJA DE S. PAULO APÓSTOLO, EM COPACABANA, O PADRE EUSÉBIO PERGUNTOU AOS FIEIS, AO FINAL DA HOMILIA:
- "QUANTOS DE VOCÊS JÁ CONSEGUIRAM PERDOAR SEUS INIMIGOS?"
A MAIORIA LEVANTOU A MÃO.
PARA REFORÇAR A VISÃO DO GRUPO, ELE VOLTOU A REPETIR A MESMA PERGUNTA
E ENTÃO TODOS LEVANTARAM A MÃO, MENOS UMA PEQUENA E FRÁGIL VELHINHA
QUE ESTAVA NA SEGUNDA FILEIRA, APOIADA NUMA ENFERMEIRA PARTICULAR.
- "DONA MARIAZINHA?
A SENHORA NÃO ESTÁ DISPOSTA A PERDOAR SEUS INIMIGOS OU SUAS INIMIGAS?"
- "EU NÃO TENHO INIMIGOS!" RESPONDEU ELA, DOCEMENTE.
- "SENHORA MARIAZINHA, ISTO É MUITO RARO!"
DISSE O SACERDOTE. E PERGUNTOU:
"QUANTOS ANOS TEM A SENHORA?
ELA RESPONDEU:
- "98 ANOS!"
A TURMA PRESENTE NA IGREJA SE LEVANTOU E APLAUDIU A IDOSA, ENTUSIASTICAMENTE.
- "DOCE SENHORA MARIAZINHA, SERÁ QUE PODERIA VIR CONTAR PARA TODOS
NÓS COMO SE VIVE 98 ANOS E NÃO SE TEM INIMIGOS?"
- "COM PRAZER", DISSE ELA.
AÍ AQUELA GRACINHA DE VELHINHA SE DIRIGIU LENTAMENTE AO ALTAR, AMPARADA PELA SUA ACOMPANHANTE E OCUPOU O PÚLPITO. VIROU-SE DE FRENTE PARA OS FIÉIS, AJUSTOU O MICROFONE COM SUAS MÃOZINHAS TRÊMULAS E ENTÃO DISSE EM TOM SOLENE , OLHANDO PARA OS PRESENTES, TODOS VISIVELMENTE EMOCIONADOS:
- "PORQUE JÁ MORRERAM TODOS, AQUELES FILHOS DA PUTA!"

Links de 3 videos filmados por mim e meu irmão Nato, transposto para vhs por Mestre Burguês e passado para Cd/Dvd por Mestre Guará!
A todos estes a Capoeira Agradece!

Parte 1:http://clubecaiubi.ning.com/video/capoeiragem-no-rio-de-janeiro
Parte 2:http://clubecaiubi.ning.com/video/capoeiragem-no-rio-de-janeiro-1
Parte 3:http://clubecaiubi.ning.com/video/capoeiragem-no-rio-de-janeiro-2

Tenho dito
Leiteiro


 OS MESTRES DE RARO SABER...

Quem escreve sabe que seu texto tanto pode ser chamado de genial como obra DE LATRINA, como o sr Itamar classifica um poema meu. Felizmente, 52 outros poemas forma MENÇÃO HONROSA em concursos de 9 Estados, além de 7 que me deram troféus (ou medalhas) como vencedor.
Não preciso chamá-lo de Mestre -- diz êle em seu texto -- e LAMENTO profundamente que, apenas por "filosofias" oportunistas mais uma vez a Capoeira (inter)nacional assista a DESVALORIZAÇÃO desse título. Antes, em 1992, uma entidade que seria para unir a Nação capoeirista enfiou goela abaixo dessa maltratada e mal-querida dança-luta "titulos" os mais esdrúxulos como os de mestre-aspirante, mestre-efetivo e outras barbaridades.

Não se pode RESPONDER A NADA sem se ater ao texto... jamais pretendi contar a história do Grupo Senzala (onde você leu isso, sr. Itamar?), apenas narrei o tempo em que vi e vivi a Capoeira na zona sul (entre 1975 e 80) e, nesse tempo, frequentando os treinos e rodas no grupo de MESTRE "Peixinho" -- mestre que é MESTRE mesmo! -- e, adiante, como aluno por 2 semanas de mestre "Camisinha" (depois, "Camisa") e por alguns meses do contramestre (Jorge?) -- irmão ou primo de me. "Indio" -- no Clube do Flamengo jamais vi aluno da Senzala com "abadá" listrado, QUANTO MAIS MESTRE.
Basta consultar as revistas de lutas marciais e os jornais da época, a DO (da EBAL), a revista DOMINGO do Jornal do Brasil e a ARTES MARCIAIS, que cobria os campeonatos no Rio e SP.

Se usaram -- e não me refiro a shows em teatro -- usaram ANTES DESSA DATA... se se vai "refazer" a História, faça-a com que NÃO VIVEU o citado período. Calça listrada vi apenas na capa do segundo disco de me. Suassuna e no filme "Cordão de Ouro" (1976/77), com Nestor Capoeira, já que o OGUM/Camisa usava calça branca, longa e com rendados na perna, se não me falha a memória.
Não vou me rebaixar a dizer como te via nos tempos em que visitava o Grupo na Trav. Angrense... mera "sombra" que não pegava num berimbau, não tocava um pandeiro e creio que nem cantava. Desconfio que se "Peixinho" (exímio tocador) te pedir para armar um berimbau, você dê uma desculpa qualquer.
Algum dia esses "projetos" oficiais que vivem a ignorar a REALIDADE da Capoeira irá procurar na Senzala os VELHOS MESTRES DE RARO SABER... se você não fôr mais UM CÍNICO das centenas ou milhares que existem NO BRASIL, sem dedicação nem trabalho algum para a Capoeira, não vais nem entrar na fila.

Depois de quase 50 ANOS DE BRIGAS entre a Angola e a ex-Luta Regional Bahiana vejo, a partir do discurso de Itamar, nova querela que SÓ DESTRÓI a Capoeira. A Capoeiragem carioca NÃO VEIO DA BAHIA, muito menos de Bimba.Veio de onde? Do fundo da Baía de Guanabara...? Tens que levantar AS ORIGENS dos mestres que ensinaram aos"cordas-vermelhas" que fundaram a Senzala... depois, as origens DOS MESTRES QUE ENSINARAM àqueles Mestres... e vais terminar EM SALVADOR, talvez até nos terreiros de Manoel dos Reis Machado, "REI aqui na Terra e rei em todo o lugar", nas palavras de "Camisa", em chula que homenageava o Mestre.
Lamento ter feito 50-100-150 repetições de movimentos e das SEQUÊNCIAS DA REGIONAL, seus "seus balões cinturados" e golpes semelhantes. Queria ter conhecido a tal CAPOEIRAGEM CARIOCA (da qual veio essa "nova" Senzala) porque certamente ela não teria nada disso.

REPETINDO tuas palavras, os graduados... "que alcançaram o nível máximo de conhecimentos, técnica, educação E RESPEITO e todas essas coisas QUE NOS FAZEM MESTRES (...)", admitindo que há E NÃO HÁ MESTRES no Grupo Senzala. Isso É CINISMO !
Fico por aqui... como não sou costureiro não tenho que definir se a calça/abadá era de PERVINC, de TERGAL, de LYCRA ou de helanca... até porque boa parte da pessoas usava mesmo calça DE EDUCAÇÃO FÍSICA, de côr azul escura, a única côr na época. Por volta de 1980 surgiria calças de côr preta e também marrom.
Vamos cuidar mais DOS IMENSOS DEFEITOS que há na Capoeira, nos instrutores, nos Grupos e nessas"mudanças" que seitas evangélicas vão sutilmente infiltrando na Capoeira... o resto é pura perda de tempo.
"NATO" AZEVEDO
(escritor e poeta "de latrina")




 Quatro histórias do Lua
1ª- O Lua Rasta meu professor de Capoeira, foi o 1º que conheço a trabalhar com meninos de rua, sem ser uma entidade oficial no RJ (1975). Ajuntou uns 8 na Cinêlandia e levou pra casa em Santa Tereza e danou a ensinar percussão, músicas, Capoeira e folclore. Não sei quantos dias fora, mas não demorou, ele precisou sair e deixou os moleques na casa em confiança. Havia um de uns 15-17 anos. Levaram tudo dele e voltaram a viver lá na Cinelândia.
Quando a gente chegava tempos depois pra fazer Roda de Capoeira na Cinelândia, os moleques encostavam e roubavam os espectadores, não sei se por vingança.
Roubaram tanto que a polícia nos proibiu de fazer Roda, achando que nós armava-mos para eles roubarem os espectadores!

                                                 foto cortesia Anja Wiken
O valor do estrangeiro!
 2ª-Estavamos fazendo um Show na menor Praça do mundo, a do Bairro Peixoto. Ja era umas 18:00 horas e descansavamos entre um Show e outro, quando um Senhor nos informou de uma pequena recepção no Apartamento de uma familia Japonesa. Ele gostaria que repetimos pelo menos o som que fizeramos, jaque o Ap era pequeno não permitindo jogar. Lua confirmou que ia e fiquei alegre, pois não pediamos dinheiro depois das exibições e o convite pressupunha comes e bebes. Continuamos as exibições na Praça e lá pelas 20:00 nos dirigimos ao Ap chegando umas 21:00. Recepção meia fria e um som musical baixinho escapava de um dos quartos. Nos convidaram a sentar, mas optei por sentar no chão, pois o calor do RJ fazia-nos suar muito, tornando umidos nossas roupas e sentar no sofá marcaria nossa presença. Nos serviram comida e começamos a tocar os intrumentos mas o Japones achou muito alto som, embora ficasse impressionado pelo mesmo. Fomos dividos, Lua foi para um quarto e eu e Bebeto fomos para outro e tocamos até umas 11:00, saindo gratificados, não só por saber que pessoas do outro lado do mundo nos valorizavam, como saber quanto falta de lazer tão simples como tocar um instrumento, numa cidade grande como RJ!



Amor á Arte!!!
3ª-Pintou um evento Cultural importante numa das Praças de Ipanema e o Lua queria fazer bonito, portanto tivemos que ir na casa dele, pois queria levar vários instrumentos. Chegamos na Praça umas 15:00 horas para um evento de 2 dias. Demos de cara com duas cabeças de bonecos gigantescas, do tipo usado no carnaval de Olinda. Quem as conduzias eram 2 jovens e nos pareceu, (para mim e Bebeto) no inicio interessantes. Chegou nossa apresentação e fizemos o possível e o impossível, ja que eramos apenas 3, eu, Bebeto e Lua! As duas jovens não abriram a bôca nem para responder ao côro que na Capoeira não é tão difícil por ser repetitivo. Como Lua deu-nos a entender que enganjaria as duas "bonecas" no grupo para futuras apresentações, pintou em mim e no Bebeto um inexplicável ciúme. Achavamos que como alunos e velhos no Grupo mereciamos uma consulta. Por isso resolvemos deixar o Lua na mão, indo embora umas 20:00 sem ajuda-lo a levar os instrumentos que tinhamos trazido. Lua sentiu a porrada mas não correu do pau. Ele sabia que não podia contar com as jovens para ajuda-lo, assim nos avisou que dormiria na Praça mesmo, pois não tinha dinheiro para pensão ou Hotel! Voltamos para casa, eu e Bebeto, saboreando o prazer da vingança. Deus entrou de sola e mandou nesta noite uma puta chuva. Rolei na cama de remorso e no outro dia (era domingo) uma 7:00 da manhã, acordei Bebeto e nos mandamos para a Praça. Chegamos ninguém na Praça, apenas uma grande mesa, com grande toalha plástica que ia até um palmo do chão. Foi oque livrou o Lua de se molhar ja que o encontramos dormindo embaixo da mesma, em cima das bolsas!

                                                            foto cortesia Anja Wiken
 4ª- Chave de Ouro!
Estava de serviço, andando pela Presidente Vargas no RJ, 12,30 quando encontro meu Professor o Lua Rasta! Ele me convida para ir a São Paulo, topo na hora. Fui no ônibus de janela aberta, vestindo camiseta sem manga e calça Lee. Cheguei lá resfriado!
A Missão era das mais honrosas possíveis:
Salvar o Teatro Oficina!
Ficamos na casa do famoso teatrólogo Zé Celso. Eu fiquei num quarto com um fanático da religião dos caminhoneiros, o Budismo! Ai 4-5 horas da madruga, o xiíta abre a janela e totalmente nu, na posição de Lótus virado para um invisivel Sol, e com aquele rabão côr de maizena virado pra mim, começou sua monótona ladainha imitando o motor de caminhão: HUUUUMMMM, HUUUUMMMM, HUUUMMMM, interminável!
Passamos a manhã de sabado sem fazer nada e de tarde a mulher do Lua e Bebeto chegam. A noite nos dirigimos para o Ginasio Ibirapuera, aonde seria um Super Show com grandes nomes da MPB!

Já na ida para o ponto do onibus, iamos tocando e cantando, animadissimos para uma noite que prometia. Entramos no coletivo e reiniciamos o batuque. Pra quê:
O motora parou o onibus e ameaçou:
Ou acaba o fuzuê, ou vai todo mundo pra delegacia!
Naquela hora caiu a ficha:
Eu estava em Sampa, a Terra da Garoa!
Já no Ibirapuera, enquanto o Show rolava para umas 5000 pessoas, nós e muitos outros, vendiamos posteres grandes e pequenos para a platéia. Não havia contabilidade, voçe pegava um tanto, vendia, entregava o dinheiro e pegava mais posteres. Aí, eu vi 2 ou 3 patifes embolsando parte do dinheiro e resolvi não "trabalhar" mais.
Foi a minha sorte! Fiquei atrás do Palco e vi e:
Dominguinhos tocar, Pepeu Gomes, Caetano Veloso e Gilberto Gil cantando a lindissíma Oração Musical: PRECISO FALAR com DEUS!
Fiquei com medo de fechar os olhos, tamanha a Interação-Elevação Espiritual que a musica me causou. Nisto Bebeto encosta e quem vai para o Palco:
ZEZÉ MOTA!

Zezé canta:
Tem Capoeira, na Bahia, na Mangueira!
Invadimos o palco com paus de Maculêle e batemos por cima dela, (ela ficou com receio) e na frente dela. Eram nossos 3 minutos de fama no Ginasio Ibirapuera! Saimos e fui pro vestiario tomar banho, (era quente) e dou de cara com Caetano e Gil a 1 metro de mim.
Não tive coragem de pedir autografo, mas depois apareceu Zezé Mota e eu consegui o dela!Não me lembro oque comi nestas 2 noites e 1 dia, só sei que na manhã de domingo amanheci com fome!Do jeito que eu estava comia até Cupim ao Môlho Madeira!
O céu de Sabado tinha sido totalmente cinzento, e a manhã de Domingo na mesma côr! Paisagem de outro Planeta, Avenida de largura gigantesca, sem uma Viva Alma. Nem carro, nem gente.Decá, avistamos do lado de lá, um Bar PS, que serve PF!Não tinhamos vindo do RJ, para comer Prato Feito num Bar Pé Sujo!
Só tinha um Restaurante aberto e era Japonês! A vitrine era de cair os cabelos, tripas, galinhas e coelhos abertos na barriga e provavelmente "chupados" por um Vampiro, tamanha a brancura dos mesmos!

Entramos, só um senhor uns 45 anos, e um jovem uns 15 anos comendo. Sentamos na frente deles e a garçonete nos trouxe o cardapio. Lua escolheu a famosa YAKISOBA que no RJ seria Y-AKI-SOBRA!
Era ruim só de olhar quanto mais de comer!
Era uma água branca, provavelmente maizena, com uns matinhos verdes, talvez couve retalhada, sem tempero ou sal. Encostamos e Lua pediu outra, nº 98! Vieram uns canos de massa de Pastel e dentro uns macarrõeszinhos com carne moida, pingando um oleo avermelhado em abundância.
Sal e Tempero: Abaixo de Zero!
Comi porque, pra quem comeu uma rapadura inteira, aquilo era galho fraco!
Aí, foi minha vez de escolher: Entre 100 pratos, meia dúzia em português, pedi:
Carne de porco agridoce!
Cada pedido nosso demorava meia hora para ser atendido. Enquanto isso a dupla de mortos de fome chinesa ou japonesa, nunca se sabe ao certo, devorava tigelas e tigelas de comida!

Meia hora depois chegou nosso prato, feito com pedacinhos de carne de porco, e pedacinhos de abacaxi no suco de laranja e açucar queimado!
Por isso o agridoce !
Na 1ª engolida, pensei que tinha tomado um sal de frutas, ou o famoso Sonrisal!
Quase vomitei. Chupei devagar os minúsculos pedacinhos de carne, mas meu domingo tinha acabado.Lua pediu a conta mas não queria pagar a yakissoba.
A garçonete disse que tínhamos mexido e era verdade, mas mesmo assim o Lua insistiu! Então, ela que era nordestina e falava chinês, chamou o cozinheiro. Desse eu não tive dúvida, era chinês mesmo!
Olhos bem abertos, 2 metros de altura por 1 de largura, 200 quilos mais ou menos.
Vinha com uma frigideirinha de ferro de 50 cm de circunferência, na possibilidade de ter que jogar tênis com nossas cabeças. Discute de lá, rebate de cá, Lua queria pagar com cheque do RJ. Chegou-se a um denominador:
Levamos a yakissoba para viagem!

Colocada na geladeira do "Zé" Celso junto a um tomate e meio saco de pipoca, a dita cuja resistiu 5 longas horas, (o tomate e a pipoca "tomaram Doril") hora em que saímos para o Teatro Oficina, sem que uns 15 zombies, que circulavam em sua volta, tivessem coragem e apetite para devorá-la. No Teatro Oficina lindas homenagens, culminando com o fechamento do filme "Rei da Vela" com os ícones dos tempos da Rádio Nacional:
Emilinha Borba e Marlene (na época, inimigas) agora cantando juntas esta magistral música:
Que meus inimigos tenham longa vida
Para verem de perto a minha vitória
E com razão, fazerem a louvação, da minha História
É a Lei que determina, Sou Povo, venho debaixo pra cima
Trabalhei e consegui lutar
Venci a maldade como um caracol
Para ver a Luz do Sol
Para ver a Luz do Sol!

Findo o espetáculo me arrumaram uma carona até a rodoviária. Na rodoviária a garota me deu um beijo de cinema, e olhe que eu nem a conhecia! Era umas 11 horas da noite e eu com a mesma roupa, camiseta e calça Lee. O ônibus da 1 hora era leito e eu só tinha dinheiro para o normal, às 3 horas da "madruga".
Enquanto eu estava no Teatro, iluminação de cinema, 30 pessoas em volta, logo entrei no carro, provavelmente motor quente, não senti nada! Mas, depois de uma hora numa rodoviária aberta, vento ártico soprando, comecei a congelar. Três dias de má alimentação, só de camiseta, 1 hora da manhã, já me sentia um pinguim.
A calça Lee estava sensivelmente dura por causa do frio! Aguentei até as 3 horas, mas não conseguia mais articular palavras, o queixo batia descontroladamente. Não deixei o preenchedor de bilhetes nem perguntar o meu nome, não ía conseguir falar mesmo!
Joguei minha carteira de identidade sobre sua mesa!
Adeus São Paulo, se um dia voltar, venho com duas malas:
Uma de roupa e outra de comida!
Vão comer mal assim, lá no Inferno !



Lua um Corda Vermelha?
Posto 9 , praia de Ipanema, tarde morna de um dia na década de 80, dia perdido, quando derepente um milagre!
Mestre Peixinho apareceu com 2 senhores (pareceu-me gêmeos) 40/45 anos e um deles com os cabelos tão longos como o do Mestre, embora castanhos. Possivel e provavelmente estava eu diante de duas lendas, os irmãos Flôres!
Um deles, (possivelmente o de cabelos longos) veio em minha direção e perguntou sem rodeios:
O Lua é Mestre?
Neste época ninguém o chamava de Mestre e o único lugar aonde eu lera que o Lua era um dos Cordas Vermelhas, foi no Livro do Nestor Capoeira, O Pequeno Manual do Jogador de Capoeira!
Respondi oque me ocorreu na hora:
Pelo que sei quem comanda um grupo é Mestre!
Ele retirou-se possivelmente satisfeito sem saber que na época o grupo do Lua era o menor do RJ, 4 abnegados participantes!
Hoje eu, Ilustre 10conhecido, em fevereiro de 2010 posso lhe responder sem medo:
O Lua, hoje Lua Rasta, é Mestre e um dos mais atuantes que ja cruzou pelo Rio de Janeiro!
                                 FIM

 O "mestre Decânio", aluno graduado de Mestre Bimba diz que:  

 "Não podemos esquecer, nem nos afastarmos, dos TRÊS "ERRES" DA CAPOEIRA! 
Capoeira é uma palavra estranha, que se escreve com um "rê" suave e se pratica com três "erres" fortes: 

O primeiro é o RITMO, o segundo o RITUAL, o terceiro RESPEITO, sem os quais não se joga Capoeira!"


Um comentário:

  1. Fui aluno da Sandrinha Capoeira e ainda conservo foto(s) daquela época. Bons tempos, quando subíamos o Pavaozinho para aprender a jugar capoeira.
    Edú Laufer
    elaufer2012@gmail.com

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