Quem quiser me derrubar
vai ter que ter paciência
pois de lá não tenho a Raiz
mas de lá eu tenho a essência!!!
Carioca
Infelizmente não consegui postar este comentário no Blog da FICA, daí...
1997-Capoeiristas de Belém denunciam falsos mestres
http://docvirt.no-ip.com/docreader.net/DocReader.aspx?bib=%5C%5CAcervo01%5Cdrive_r%5CTrbs%5CFunarte%5CTematico.docpro&Pasta=&PagLog=&Pesq=&PagFis
Em 1º lugar dou meus parabéns ao blog pelos temas interessantíssimos expostos!
Não foi capaz sequer de nos trazer um exemplar do jornal ou nos avisar da publicação desta!
Gran Master and Brazilian Capoeira Champion Mestre Bezerra, 1º em pé a direita!
Pela afirmações fantásticas esta reportagem está mais para ficção, mesmo assim perco tempo em respondê-la, pois permite colocar informações para os mais novos, além da lição de nunca dar entrevista sem grava-la! Fizemos isso com os 2 Grandes e colocamos no papel as palavras dos mesmos! Quando um deles viu/leu oque tinha dito, quis a fita! Meu irmão o autor das gravações alegou que a fita e o gravador era dele, mas não adiantou! Para findar a quase discussão meu irmão pediu um tempo para tirar uma cópia do fantástico depoimento, mas ele negou esse direito! Assim ficamos com os depoimentos, mas sem as provas das estórias/histórias dessas duas exóticas figuras!
Segue resumo do texto referente a esta matéria extraída do Jornal Liberal!:
Belém, terça feira, 6 de maio de 1997!
Pelos cálculos do Sr Bezerra existem cerca de 1.400 associações, 45% delas funcionando irregularmente!
Carioca responde:
A pergunta deixa a desejar por não conter informação primordial, ou seja se era no Estado, Brasil ou mundo! Infelizmente aprendi Capoeira (1975) vendo os maiores nomes do Rio de Janeiro (embora tenha conhecido dois que usavam este título mas não faziam nenhuma das 3 coisas - cantar, tocar e jogar- direito) e aí quando conheci/vi o Sr Bezerra lá por volta de 1988, ele só jogava, não cantava nem tocava nada, embora ja tivesse há muitos anos o título de M....! Pouco tempo depois ele sumiu da Capital Belém por vários anos, mas digo sem medo de errar que tanto nos anos em que aqui ele esteve (chegou em 1971) antes de eu chegar, (1986) como depois que voltou da viagem (1995-1996?) ele não rodou o suficiente visitando grupos, (embora presidente da Federação Paraense) para encontrar 400, quanto mais 1.400!!! Se ele falou a nível de Brasil (Esqueceu o resto do Mundo???) provavelmente errou também, pois estive em uma Oficina da Federação Paulista de Capoeira, FPC, em 1994 aonde ouvi salvo engano meu, que a FPC tinha 150 Federados e São Paulo 750 grupos!!! Bote mais 750 no RJ-Bahia!!!
A maior prova da insanidade desta afirmação é que ele formou a Federação Paraense com apenas 4 Grupos de Capoeira de alunos descendentes de seus alunos! Isto era mesmo uma Federação Paraense ou funcionou irregularMente?????
45% delas funcionando irregularmente!
Extranho mas era quase impossível antes da criação de FEPAC (1995?) se estar funcionando irregularmente pois não havia Orgão Regulador! Causou terror no meio Capoeiristico a "lei" do CREF de obrigar os professores de Capoeira a terem Certificado do CREF ou serem obrigados a contratar professores de Educação Física para poderem dar aulas em academias! O jeitinho Brasileiro driblou em parte a lei, permitindo que velhos Mestres reconhecidos como professores de Capoeira até 1988, continuassem exercendo a profissão sem o certificado de CREF! Como toda a lei no Brasil tem sua/suas excessões hoje estamos livres de ter que ter o certificado ou contratar Formados, mas se o estabelecimento exigir temos que mostrar o Certificado! Fazendo um mea-culpa eu dei aulas irregularmente?
Comecei em 1985 no fundo de um quintal com 2 alunos e não tinha/tenho curso de Primeiros Socorros, não era/sou Federado, minha única Graduação é a 1ª corda a Verde! Estava na Capoeira apenas 10 anos, mas não tinha 10 anos de Capoeira! Criada a FEPAC veio junto as regras, leis, exigências para se exercer a profissão dentro da Lei! Levei um susto!
Dizia o informativo:
Só poderá ser Mestre de Capoeira quem tiver 22 anos de prática, for maior que 32 anos e tiver 120 horas de Oficinas de Capoeira!!!
Agora sim com as Novas leis provavelmente a maioria estava funcionando irregularmente! A gritaria foi geral no Brasil inteiro e houve várias mudanças até chegar provavelmente na afirmação la embaixo: 10 anos de dedicação! A FEPAC não funcionou irregularmente pois este era o número mínimo de Grupos de Capoeira para formar uma Federação Estadual!!!
Bira Marajó ensinando Capoeira na Síria!!!
Carioca responde:
Metade dos Grupos de Capoeiristas Paraenses????
Desconheço Grupos de Capoeiristas Paraenses, pois nunca perguntei ás pessoas dos mais de 10 Grupos que participei, colaborando e sendo muito bem recebido e respeitado se eles eram Paraenses! Cito os que me lembro agora: Berimbau de Ouro, Escravos Brancos, Mestre China, Nilton Barnabé, Mestre Abiu, Brás, Mestre Ray, Guariterê, Mestre Laíca, Mestre Pato, Berimbau Brasil, Mestre Valter...
Capoeira Paraense ? Capoeira Bahiana! Capoeira Carioca?
Cada Estado quer a criação da Capoeira para si, assim no Pará logo que a Capoeira tomou Vulto levantaram a Luta Marajoara como Capoeira Paraense! Em São Paulo "apareceu" logo uma tal de Tiririca, Goiás-Mato Grosso ja vinha tentado com a Marana e no Maranhão "ressuscitaram" a Pugna!!! Os inventores de plantão não dormem e ja transformaram a Capoeira em Brasileira! È claro que existem pequenos empecilhos como o nome Angola e o Berimbau, até prova em contrário genuinamente Africano! Quando Mestre Bimba quis criar uma nova Capoeira os Velhos Mestres gritaram: Não pode, Capoeira é só uma, Capoeira é Angola!!!
Então Bimba Criou a Luta Regional Bahiana essa sim legitimamente Brasileira!
Quase porque ainda usava/usa o Berimbau!!! O povo é que transformou por erro de linguagem em Capoeira Regional!!! O Sr Bezerra aprendeu com Mestre Ruberval no Maranhão, (1966) fez estágio com Zé Pequeno na Bahia (1968) e completou com Mestres Bahianos aqui no Pará! Quanto tem de Paraense tem a sua Capoeira? Eu aprendi com Lua Rasta da Bahia, fiz 6 aulas com Mestre Camisa também Bahiano e uma dúzia de Aulas com Mestre Pantera do Rio de Janeiro! Quanto de Carioca tem minha Capoeira??? Quem conhece a História da Capoeira Paulista sabe que sua Raiz é toda Bahiana!!! Aleluia, achei a origem da Capoeira no Brasil!!!
Mestre Pastinha matou a pau quando disse que: O Segredo da Capoeira morre comigo! Eu bati na trave no texto em homenagem ao meu Professor: O dia mais triste da minha Vida! Só que o velho Mestre não contava com a Internet que "ressuscitou" várias múmias e hoje podemos ver não só o Velho Mestre Pastinha jogando, como seus alunos! E me arrisco a uma blasfemia ao dizer que os alunos jogavam mais que o Mestre! Pastinha confirma ao dizer que seu Aluno Aberrê jogava numa roda que só tinha Mestre!!!
A Angola Bahiana do Sr Bezerra é igual a do Mestre João Pequeno de Pastinha? A Angola Bahiana de Mestre Camisa é igual a de Mestre João Grande de Pastinha? A Angola Bahiana de Mestre João Grande, Mestre João Pequeno, Mestre Bobó alunos de Pastinha, era igual a de Mestre Pastinha???
O Velho Mestre Responde:
Ninguém joga como eu, cada um é cada um!!!
Então oque ele levou mesmo não foi Segredo nenhum, foi a Sua Capoeira! A Capoeira de Mestre Pastinha!!! Então ao pé da letra só existe a Capoeira da Bahia o resto é Capoeira no Pará, no Rio, etc....
É dirigida por leigos!
Significado de Leigo:
Fig. Que ou aquele que é estranho ou alheio a um assunto, que não é perito nem entendido em determinadas questões ou profissões.
Exemplo: Infelizmente aprendi Capoeira vendo os maiores nomes do Rio de Janeiro e aí quando conheci/vi o Sr Bezerra lá por volta de 1988, ele só jogava, não cantava nem tocava nada, embora ja tivesse há muitos anos o título de M....!
Como é que eu poderia falar isso se só participei efetivamente de uns 12 Grupos todos na Capital, só o Escravos Brancos que era de Marituba!!! O Pará tinha nessa data mais de 120 municípios e se tivesse um grupo em cada, mais uns 30 na Capital, seria 150 Grupos!!!
Contando com a ajuda do irmão Cincinato Azevedo, Leiteiro desencadeou uma campanha de denúncias contra "falsos mestres"
Sr Emanoel Reis se o Sr pretendia nos derrubar com essa reportagem chegou atrasado!!! Nunca houve campanha, oque ocorreu é que o Sr Imar que ensinava no SESC Doca, falou num Batizado do Mestre Beto e na minha cara, que tinha saído do CCCP Centro Cultural de Capoeira do Pará feito por nós, porque o CCCP era só: Bandalheira, Safadeza e Picaretagem! Não disse quem fazia e nunca mostrou-nos as provas!
Aí quando fomos vender o Jornaleco O Popular aproveitamos e colocamos nossa opinião num texto sobre o assunto feito por um "JORNALISTA" de lá! Nossa participação era apenas uma armadilha pois o "JORNALISTA" encheu nossa bôca com inverdades e pasmem, num Jornal que nós venderíamos depois! Quando vimos a sacanagem, fervemos e pedimos o direito de resposta que não adiantava nada pois o Jornaleco era semanal!
O Sr Imar, Vice Presidente, foi afastado do CCCP por ir num Batizado de um Leigo que usava a Capoeira apenas para enganar comerciantes!
diz o Ex-Mestre Renato Azevedo, também conhecido por Leiteiro,...
Errou novaMente pois posso apontar 20 nomes de peso na Capoeira no Pará que sabem que sempre recusei este título! Pelo contrário assumi e assumo o Contra os Mestres há muito tempo! Também no Pará nunca fui conhecido por Renato ou Leiteiro mas sim, Carioca!!! Assumi o Carioca pois cheguei em 1986 na Cidade Nova VI quando a propaganda oficial nos meios de comunicação era: Voçe não é daqui! E não se engane com essa Carteira da FCERJ, foi me dada como vingança!!! Não fiz nenhum teste e nunca fui filiada a mesma FCERJ!!!
Leiteiro na Feira de São Cristovão! 04-11-1979
que na opinião dele estão desvirtuando a Capoeira e incentivando a prática de violência.
Infelizmente, coisas do destino só pude responder este post, após a morte de meu dileto amigo Nelson Guedes em dezembro de 2.011! Deixou-me como herança várias reportagens e dentre elas, esta que ja procurava a mais de 10 anos! Num dos textos meus, 2 evangélicos se debatem pois um é capoeira Gospel e o outro é contra evangélicos aprenderem Capoeira! O contra diz com muita clareza: Se voçe tira o atabaque, as músicas e tradições tidas como demoníacas, voçe não está fazendo Capoeira!!!
A Capoeira começou a ser Regrada e Metodizada em 1910 por ODC e mais tarde Anibal Burlamaqui! Pouco depois Inezil Pena Marinho gasta anus codificando-a em 1.000 páginas para substituir nas escolas a ginástica Sueca!!!
Na década de 1960 Pastinha e Bimba dão sua colaboração que seria seguido pelas edições de Ouro com seu Capoeira sem Mestre de Lamartine Pereira da Costa!
Completou com uma sequência, com mestres de renome do RJ e SP, fechado com chave de ouro por Mestre Nestor Capoeira! Poucos anos depois a Editora Três lançaria as revistas que completariam as informações necessárias a qualquer iniciante dedicado! Portanto eles não estão desvirtuando a Capoeira porque são leigos, mas sim porque não a conhecem!!!
É Capoeira oque eles estão fazendo???
"Os troféus e certificados exibidos nas academias....
Nunca vi nas academias que frequentei nem troféu, nem certificado! Quem viu foi meu irmão, numa academia de musculação na Almirante Barrozo em frente ao colégio Lauro Sodré!
Falar em Certificados é se contradizer na certa! Mestre Bimba metodizou sua Capoeira colocando até Graduações ao qual ele chamava de Lenços, (eram 4 Lenços) cuja última era o Lenço Branco, a de Mestre Charangueiro, ou seja, tinha que cantar e tocar bem!!! Aparentemente apenas 4 conseguiram os 4 Lenços sendo chamados de Mestres de Capoeira Regional!!!
Extranhamente Mestre Pastinha também Metodizou a Capoeira Angola mas não deu enfase á parte musical, deixando-nos realmente sem saber o quanto tem que se saber de canto e toques para se ser Mestre de Capoeira Angola! Portanto pode-se admitir que um Mestre de Capoeira Angola não saiba cantar, nem tocar, mas nunca um de Capoeira Regional!
Renato (leia-se Carioca) é mais radical: quer intervenção sumária nas academias de fundo de quintal!
Em 1985 cheguei na Cidade de Vigia e tentei implantar um Grupo de Capoeira na Quadra do Guedes! Não vingou, mas na minha rua morava um jovem chamado Paulo que junto com seu primo, foram meus primeiros alunos no fundo do quintal da casa deles! Quis o destino que Paulo se mudasse para Marituba no mesmo dia que eu me mudaria para a Cidade Nova VI! Como não tinhamos mudança, demos uma carona para a mudança dele!
Carioca na Quadra de Samba do Vila Rica com Rubinho Tabajara! (1975/6)
Tempos depois fui visitá-lo e ele me falou que estava no Grupo Escravos Brancos, que era no fundo do quintal de um abnegado admirador da Arte Capoeira! A Capoeira que aprendi e gosto é a Capoeira de Rua que não carece de belos espaços para ser praticada! Tenho dezenas de fotos que comprovam oque eu digo!!!!
Puristas como os irmãos da Cidade Nova VI não concordam com os excessos de exibições nas ruas e praças. Segundo afirmam, elas servem para marginalizar ainda mais a Capoeira, restringindo-a a "guetos suburbanos".
Durante uns 4 anos Eu, Brás, Mestre Ray e Mestre Laica fizemos rodas Dominicais na Praça da República em Belém - Pará, aonde nunca tivemos a presença do Sr Bezerra! Com a vinda dos Mega Grupos com nova Filosifia e Capoeira de Impacto a Roda acabou! Hoje (2011) o Presidente da Federaçã Paraense de Capoeira , junto com a Associação de Mestres, da continuidade á aquele belo trabalho fazendo uma Roda 1º Domingo de cada mês! Resta saber se eles ja viram o Sr Bezerra por lá!!! Quem quiser confirmar é só ir no link abaixo: Capoeira na Praça da República!
http://clubecaiubi.ning.com/photo/albums/capoeira-na-praca-da?test-locale=&exposeKeys=&xg_pw=&xgsi=&id=2118523%3AAlbum%3A939385&groupId=&groupUrl=&xgi=&commentPage=&page=1
No pé do berimbau: Rato e Bezerra! Este registro só foi possivel pois "finquei o pé" quando ele quis impedir meu fotógrafo Carlos Rauda de registrar este evento!
Neste dia aconteceu 4 coisas extranhas e uma delas é que o Sr Bezerra foi pedir licença num quartel da Polícia Militar para fazer esta Roda! Eu que ja tinha feito/participado de centenas de Rodas de Rua sem licença, extranhei!!!
Ja os liberais, a exemplo do Sr Bezerra, preferem acreditar que estão lutando por uma nova condição de cultura popular. Traduzindo em discursos improvisados, o objetivo é transformá-la num espetáculo teatral de rua como o jongo e o maculelê.
Meu amigo Mestre Abacate se recusou a tirar sua camisa para vestir essa que era promoVendo o Collor! Tempos depois ele a vestiu ao contrário, com a frente para trás! Genial!!!
Vai ficar no Discurso Improvisado ja que ele canta mal pra burro!!! Não é atoa que meu Professor Lua Rasta teve um documentário sobre sua Roda no Terreiro de Jesus premiado num Festival de Curtas!!!
Quando o Sr Bezerra me chamou para participar de um grupo de Shows, nos treinos demonstrou não saber sambar e trouxe para o maculelê, grimas de 80 centimetros de comprimento!!!
Fecho com esta maravilha de declaração:
Há 24 anos Bezerra (1973-1997) divulga a "capoeira Angola" em Belém. Conta que a príncipio encontrou resistência de alunos acostumados á pratica da "regional baiana" que adota estilos mais agressivos. Como não entendia a modalidade aproveitou a passagem de mestres da Bahia especializados na arte de Bimba e em 3 semanas aprendeu o básico, o suficiente para desenvolver sua própria técnica.
No jornal O Liberal, Jornal dos Bairros de 18-09-1989 diz: Começou em 1966 com Mestre Ruberval em São Luis e recebeu o Certificado de Mestre em Salvador-Bahia em 1968!!!
Eh, o Menino é Bom, bate palmas para Ele!!!!
" Não é fácil se tornar mestre de capoeira. Para alcançar este grau a pessoa precisa de pelo menos 10 anos, dedicando 2 ou 3 horas diárias aos treinos.
Papo furado! Conhecendo as pessoas certas voçe sobe rapidinho!!! Me lembro de uma entrevista de um Mestre no Programa Sem Censura Pará, que no final permitia perguntas dos TelespectaDores. Fiz a minha que era:
Para ser Mestre de Capoeira Angola é preciso saber oquê?
Ele respondeu mostrando uma porção de certificados que comprovavam a excelência de seu ensino! No final quis esnobar e resolveu "cantar" uma ladainha antiquíssima!
Puxou a "cola" (leia-se papel com a letra) do bolso e assassinou a música:
Ai meu Deus oque é que eu faço
para viver nesse mundo!!!!O QUE É QUE EU FAÇO
Iê!
Ai meu Deus, o que é que eu faço
Para viver neste mundo
Se ando limpo sou malandro
Se ando sujo sou imundo
O qui mundo velho grande
O qui mundo enganador
Eu digo desta maneira
Foi meu pai que me ensinou
Se não falo sou calado
Se falo sou falador
Se como sou guloso
Se não como sou mofino
Se não brigo sou covarde
Se mato sou assassino, camará....
Para divulgar a Capoeira nos teatros criamos um Show com artistas populares (1990?) cuja abertura era com Capoeira! Nos jornais meu irmão soube que no antigo ISEP, hoje UEPA, tinha um núcleo de registros Audio-Visual! Meu irmão conseguiu que eles registrassem a Pré-Estréia do Show lá. Ao sair do local um Senhor o interpela:
Voçe conhece o Sr ABS?
Sim, é o Mestre Fulano!
Pois me faça um favor, avise-o para que ele venha pagar o aluguel do ginásio, pois eu estou em má situação com a direção do estabelecimento!
Mas oque fez o Sr ABS no ginásio?
Um Graduamento monstro, aonde graduou quem foi e pagou, não importando de quem era o aluno!!!
Assim meu dileto amigo NG não morreu pagão, pois se dizia aluno do Sr Bezerra por tabela, pois tinha sido iniciado na Capoeira pelo irmão, este sim aluno do Sr Bezerra!
Está vendo Sr EmaNoel, Sr ABS, Sr Bezerra, Mestre Fulano:
Conhecendo a pessoa certa!!!
InfelizMente eu só conheço a história/estória do Sr Bezerra na Capoeira Angola de 1997 para cá! Embora tenha dado depoimento para meu irmão muitos anos antes, aonde afirmava que treinara na Bahia com um tal de Zé Pequeno e que (comprara ?) tinha o diploma da Academia de Pastinha! A história da Capoeira na UFPA é bastante nebulosa antes de 1996, indicando que passou por lá uma boa dezena de professores antes do Sr Romão em 1996!(???)
Depois que o Sr Romão largou/1996/1997 entrou o Sr Bezerra e deu continuidade ao estilo implantado pelo Sr Romão, a Angola!!! Antes deles conheci apenas um aluno de nome Figueredo que tentou colocar a Capoeira lá!!!!
A atuação do Sr Romão foi tão impactante que quando alguém escreveu a história da Capoeira na UFPA lá por 2000 "esqueceu" de colocá-lo no livreto! É mole ou quer mais!!!
Tenho Dito
Carioca
Vale o Registro!
Veio de Recife Dona Glória Araújo (1989?) e deu sorte pois tinha um parente aqui na nossa Cidade e como ficamos muito conhecidos divulgando a Capoeira aqui no Bairro, o motorista do taxi que a trouxe nos indicou para ela. Estava feliz por nos encontrar pois pretendia levar para o seu filho, o Mestre Abelha do Amapá, aluno do Sr Bezerra uma fita gravada com o Mestre cantando Maculelê. Meu irmão foi encarregado de procura-lo e entregou-lhe 2 fitas cassetes. Dias depois meu irmão foi buscar a fita e ele não tinha gravado nada. Fizemos as fitas para ela com músicas do Mestre Suassuna. Mas ela nos deixou essas duas fotos raríssimas e duas músicas lindíssimas!
Brigadão Dona Glória Araújo, aonde quer que a Sra esteja!!! 
A Jibóia é Cobra Mansa
A Jibóia é Cobra Mansa
mas come a Jararaca
jararaca tem veneno
corre, ataca e mata
o povo tem muito medo
do veneno da serpente
Capoeira é a Jibóia
Jararaca é muita gente!
Pula praqui, pula pra lá
Ontem eu fui na Bahia
não vi Pastinha fiquei zangado
quando não vejo Pastinha
confesso que fico contrariado
Pula praqui, pula pra lá
quero ver Capoeira jogar
A bem da verdade pelo pouco que sei do jogo do Sr Bezerra hoje, até a época que o vi jogar ( de 1995 para lá ) Ele e Eu não jogavamos uma Angola e Regional com um grau de Qualidade para que pudéssemos ser chamados de Professor com P Maiúculo! O máximo que jogavamos é a 10Conhecida ANGONAL, embora intensamente usada pela grande maioria dos que se dizem Mestres e Professores das duas!!!
Tenho dito
Carioca-Leiteiro Reparem na graduação que o mestre está usando!!!
Carioca (Leiteiro) na praia de Ipanema posto 9 em 1980!!!
Rui Barbosa:
"Não vencí todas as vezes que lutei. Mas, perdi todas as vezes que deixei de lutar"
IPHAN!
Sobre a obra
A História da capoeira EM BELÉM passa pelo CCCP - Centro Cultural que atuou entre 1988 e 1992... as "histórias" também. E não foram poucas...
CCCP - 4 ANOS DE LUTAS E REALIZAÇÕES
"O Centro Cultural foi só bandalheira,
safadeza e picaretagem !".
IMAR N. DE LIMA, (#1) em fins de 1991,
em batizado (gravado em video/VHS)
do prof. "Beto", de Marituba.
"Minhas cordas foram conquistadas com suor
e sacrifício. Jamais aceitaria uma graduação
dada de qualquer maneira!".
FERNADO RABELO - (Belém, 3/1990)
"Aqui é assim: joga-se no lixo a tradição,
a história, a luta, o ideal e a vergonha"!
prof. MEIREVALDO PAIVA (sobre greve
na UFPA) - in O Liberal, Belém, 22/05/94.
Eis, na era da informática,
a conclusão que se tira:
é que a Verdade, na prática,
anda ao lado da mentira.
"NATO" AZEVEDO
A história da Capoeira em Belém (e no Pará) tem um marco divisório bem distinto: antes e depois do CCCP - Centro Cultural de Capoeira do Pará que, a partir do trabalho dos irmãos Renato P. Azevedo (prof. "Carioca"/"Leiteiro") e "Nato" Azevedo, divulgou não só nesse Estado como em diversos locais do Brasil e até em outros países imagens e textos que dignificam esse folclore de 300 anos e boa parte dos que o praticam nestas plagas, valorizando também fotógrafos paraenses que se propuzeram a nos apoiar em nossos objetivos e ideais.
E, é imprescindível ressaltar, o fizeram em geral gratuitamente, doando-nos por vezes os negativos que constituem ainda o imenso acervo do hoje extinto CCCP, composto de mais de 500 fotos de todos os tamanhos e lugares.
Muito tempo antes de alguém sonhar com a criação do CCCP (em junho/1988) os irmãos Azevedo já procuravam a imprensa para divulgar capoeiristas e grupos da Cidade Nova (#2), onde conheceram CARLOS RAUDA, o fotógrafo n° 1 da Capoeira no Pará e através do qual se concretizou reportagem de página inteira no jornal Diário do Pará (de 17/06/1987), fato que se supõe inédito neste Estado.
O CCCP especializou-se em realizar tarefas antes consideradas impossíveis, em derrubar preconceitos, abrir espaços nos colégios e EPs (#3), nos museus, jornais e até em TVs, normalmente distantes dessa luta-dança. Dando destaque ao seu caráter de arte, de folclore, lazer sadio com música e canto, o CCCP emplacou em escassos 4 ANOS nada menos que 25 grandes reportagens nos jornais belemitas, sendo 5 de página inteira, além de 26 notícias simples, 28 notas de serviço, citação em 5 folhetos de eventos oficiais, 6 longos textos escritos por C. P. Azevedo em jornais da capital e, com o eterno patrocínio da FOTO GALERIA, 113 "photocards", postais exclusivos com votos de Boas Festas, a partir de bela foto de maculelê, em dezembro de 1990 ou agradecendo aos jornalistas o apoio recebido por nossa terceira exposição no CENTUR, em 7/1991, "A Capoeira em todas as artes".
À exceção da Bahia, o CCCP bateu todos os recordes de divulgação desse "esporte" no Brasil e já nos seus primeiros dias era agraciado com entrevista de quase meia hora na TV Cultura, no recém-criado programa "Sem Censura-Pará", hoje famoso, isto em 28/08/1988. Exposições, palestras, vários meses de apresentações (rodas abertas) na praças, duas semanas inteiras de videos de Capoeira no CENTUR, onze reportagens nas TVs locais, shows em teatros da capital, registros em video de batizados e rodas de Capoeira, retransmissão para todo o território paraense de música de disco de Capoeira por enorme cadeia de radioemissoras, dentro do programa político do PMDB, em 25/09/1990... dão ao CCCP o título inconteste de divulgador sem igual dessa incompreendida cultura afro-brasileira.
Por falar em título, o CCCP foi um dos raros grupos fora de São Paulo privilegiado com o cadastramento na famosa FPC - Federação Paulista de Capoeira, com direito a ofícios e a informes oficiais da entidade.
A coroação desse trabalho veio em abril de 1991 com a doação de um disco de Capoeira (do mestre Suassuna) para o radialista Amauri Silveira, da Rádio Clube do Pará, cujo programa matinal esteve durante um mês unido via satélite com a Rádio Osaka, no Japão. Durante dois dias o povo japonês foi brindado com o som de berimbaus e percussão variada, num canto exótico e tropical.
Contudo, divulgação da Capoeira com letra maiúscula (e dos ideais do CCCP) foi a que realizamos através de 380 ofícios enviados a todo canto nesse breve período, sem contar outras 80 e tantas cartas pessoais, com opiniões e metas particulares, que seguiram principalmente para mestra "Cigana" (em Angra dos Reis/RJ), mestre Valdenor dos Santos (FPC/SP), para Aracaju e Rio de Janeiro.
Todo esse acervo foi doado à pessoa do então vice-presidente da recém-criada FEPAC - Fed. Paraense de Capoeira, em meados de 1996 ou 97, meu amigo Fernando Rabelo -- para dar-lhes o destino que quizesse -- além de perto de 400 cartas recebidas de mestres do Brasil inteiro. (#4)
Nestas mensagens oficiais estão mil e um projetos do CCCP que, para serem concretizados, dependiam de órgãos como a SECULT-PA (20 cartas), PMA-Pref. de Ananindeua (18), LBA-Legião Brasil. de Assitência (10), COHAB-PA (6), SEDUC-PA (4) e SEMEC-Belém (4) e apelos foram feitos até mesmo a Governadores -- em 6 ofícios ao Palácio Lauro Sodré -- ou, como derradeiro recurso, para Brasília, onde 18 cartas foram praticamente ignoradas.
Também o exterior conheceu as propostas do CCCP em 11 cartas e de lá recebemos pronta resposta, vinda da Europa, Califórnia/USA e Canadá e supomos que o grande líder sul-africano Nelson Mandela tenha recebido mensagem nossa. A dúvida é justificável pois tivemos nos Correios (a famosa ECT) o nosso maior inimigo (#5), que "extraviou" inúmeras cartas e sumiu comprovadamente com o conteúdo de um envelope nos enviado pela Biblioteca Nacional (RJ), encontrado vazio em nossa Caixa Postal, em fins de 1988.
Aliás, quando da venda de nosso acêrvo em 2006, dentro de um projeto da Petrobrás/RJ para a Capoeira, nossa proposta em carta registrada com AR ficou por 29 dias na Caixa Postal da empresa, sem que esta fosse AVISADA, o que normalmente ocorre. Outra carta, para a CVRD, cuja sede fica a 500 metros da APT Central carioca desde os anos 70, FOI-ME DEVOLVIDA devido ao endereço "INSUFICIENTE", apenas porque trazia somente o nome da Avenida.
Idéias como... a) meia-passagem ou vale-transporte mensal para capoeiristas em troca de shows nos colégios da rede oficial de ensino, b) local próprio para a sede do CCCP (of. de 02/12/88) e c) criação do pioneiro Museu da Capoeira do Brasil, d) difusão da Capoeira nas escolas do interior do Pará, através da SEDUC (of. de 23/01/89), e) shows no navios de turismo que aportavam em Belém e f) compra de terreno para a futura sede do CCCP (of. de 10/02/89).
Além disso, g) livro resgatando a história da Capoeira na capital, proposta entregue ao dr. Franklin Tavares, da SEMEC, em 21/02/69, e h) sugestão de cursos com mestres de fora do Estado (#6), para graduação e aperfeiçoamento do pessoal de Belém & adjacências (of. de 28/05/90), bem como i) a realização de video de Capoeira de qualidade profissional, com enredo atraente e paisagens turísticas do Pará, com uma empresa canadense disposta a coercializá-lo no Mundo inteiro.
Tendo vindo da redação de um jornal carioca, projetei divulgar os capoeiristas locais (através da impressão de cartões postais, folhetos, brindes, toalhas, cadernos, cartões telefônicos, etc,) com fotos daqui e até l a gravação do primeiro disco de Capoeira do Pará... tudo isso e MUITO MAIS constava do conteúdo de inúmeras cartas, hoje mofando nos arquivos de diversos órgãos oficiais paraenses.
Todo esse colossal esforço de divulgação foi sustentado apenas com a renda do nosso trabalho pessoal enquanto jornaleiros, sem um centavo de lado nenhum (#7) e pode ser traduzido em mais de 1.600 viagens de ônibus, cerca de 800 cópias xerox, perto de 400 fichas telefônicas com ligações para a Bahia, Aracaju e Rio, revelação de mais de 300 fotos, compra de cento e tantos jornais locais e despesa com os Correios para mais de 200 cartas, fora a compra de 10 filmes fotográficos, 8 fitas cassette e 3 fistas de video/VHS, cujo custo total ultrapassa os 2 MILHÕES DE CRUZEIROS da época, uns 1.500 reais atualmente.
Essa é a nossa história... quem puder, que conte outra !
"NATO" AZEVEDO & RENATO P. AZEVEDO *************************************************
AS HISTÓRIAS QUE NINGUÉM CONHECE...
#1) O CCCP - Centro Cutural de Capoeira do Pará foi fundado num sábado, em 18/06/1988, dentro do SESC-Doca -- na falta de um local próprio para sua sede -- e o aluno formado Imar acabou vice-presidente apenas por representar o grupo de Capoeira do SESC-Belém (dentro do CCCP), junto com seu professor "Abíu", que recusara o referido cargo.
#2) FERNANDO RABELO é figura exponencial para a Capoeira de Belém, retomando parte dos ideais e objetivos/projetos que sustentaram a curta existência do CCCP. Com a criação, a partir dos esforços dele, da Federação paraense (FEPAC) começa uma fase de regulamentação burocrática de diversos grupos e um contato mais amplo com lideranças em outros Estados......
#3) nossa luta em prol da difusão da Capoeira como arte, cultura e lazer, esbarrou numa discriminação nem sempre sutil que nos via como "gente de fora" -- portanto, sem direito a nada -- e encarava a Capoeira como "folclore baiano", coisa que não interessava aos estudantes. Nossa exposição fotográfica foi recusada em diversas EPs e, nas que a aceitaram, parecia existir sugestão a fim de que os alunos ignorassem os painéis. Em grandes colégios como o Orlando Bittar, o Vilhena Alves e o Souza Franco, entre outros tantos, com centenas de alunos, em um dia inteiro de exposição não chegavam a 5 os que paravam para ver ao menos 1 foto qualquer.
Nosso maior sucesso foi no CENTUR, nas férias de julho de 1990, repetindo a exposição (agora com apoio oficial da própria SECULT-PA) em 7/1991, com a roleta do andar marcando mais de 6.000 presenças durante os 20 dias da mostra, o que significava uns 1.500 visitantes.
Mas até no CENTUR encontramos barreiras, como a negação de registro do CCCP no MinC enquanto entidade cultural porque... "Capoeira era somente atividade física", conforme o burocrático Maneschi que me atendeu. Outro Maneschi, tempos depois (em set,/1993) nos permitiria fazer esplêndida exposição de fotos, colagens e desenhos no mesmo CENTUR, por 2 dias, durante o VIII CBCE, congresso nacional de ciências do esporte, no qual nos roubaram 8 painéis, em torno de 30 fotos grandes.
(EM TEMPO: nossas 3 exposições na biblioteca do CENTUR aconteceram graças ao empenho da diretora do local, sra. Regina Maneschi e sua assessora direta.)
#7) o melancólico fim do CCCP, num sábado, 3 ou 4/07/1992, foi presenciado apenas por meu irmão Renato e o jovem Dilson, na época instrutor no grupo do SESC-Belém. Embora todos os membros da diretoria do CCCP tenham recebido convite -- durante o torneio de "mestres" e contramestres promovido no SESI pela APC -- ninguém se fez presente na Praça da República. .
"NATO" AZEVEDO
O Dano Moral e os espertos!
Revista Época, 5/3/2012
